Minério de ferro, apesar de representar 50% da movimentação de carga exportada em 2022, responde por 9% da movimentação financeira (dólares). Imagem: Leo Pinheiro/Valor
Os portos brasileiros registraram movimentação de cargas de 1,209 bilhão de toneladas no ano passado, informou nesta quarta-feira (8) o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery Filho.
O resultado do ano passado foi ligeiramente inferior (-0,4%) ao de 2021, quando portos públicos e terminais privados contabilizaram 1,214 bilhão de toneladas.
“É um resultado praticamente idêntico ao do ano anterior, que foi um recorde histórico”, disse Nery, ao comparar o comportamento na movimentação de cargas dos anos de 2021 e 2022.
Impactos da guerra na Ucrânia e da desaceleração na China
O diretor geral da Antaq, em divulgação dos dados, disse que o resultado de 2022 “merece ser comemorado”, pois o ano passado ainda foi impactado pelas consequências econômicas da guerra na Ucrânia e da desaceleração do mercado chinês, ainda relacionada às medidas de restrição para enfrentamento da pandemia de covid.
Em 2022, o segmento de granéis sólidos alcançou 712 milhões de toneladas, segundo melhor desempenho da série histórica. A movimentação recorde foi alcançada em 2018, com 716 milhões de toneladas de granéis sólidos.
Os granéis líquidos e gasosos registraram 305 milhões de toneladas no ano passado. Foi o segundo melhor desempenho histórico, menor apenas que as 315 milhões de toneladas registradas no ano anterior.
Carga geral registrou recorde de movimentação: 64 milhões de toneladas no ano passado. O segundo melhor desempenho da séries histórica foi em 2021, com 59 milhões de toneladas.
O transporte de carga conteinerizada caiu de 133 milhões para 128 milhões de toneladas entre 2021 e 2022. Estes números representam os dois melhores registros da série histórica.
O comando da Antaq destacou que o minério de ferro, apesar de representar 50% da movimentação de carga exportada (toneladas) em 2022, responde por 9% da movimentação financeira (dólares). No caso das importações, foram ressaltados os números relacionados à compra de fertilizantes, que lidera em volume de cargas (22%) e também responde por apenas 9% dos valores das das importações.
Fonte: Valor Econômico
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