O setor portuário deve receber um investimento de pelo menos R$ 14,63 bilhões, anunciou o ministro da Infraestrutura e Transportes, Tarcísio Gomes de Freitas, durante o balanço anual no último dia 20. Nele, Freitas reafirmou o objetivo de iniciar a desestatização do Porto de Santos e o Porto de Vitória (Codesa) – que ocorrerá em março de 2022 -, além do arredamento de 24 terminais portuários.
“Há muito interesse na privatização de portos, que é o novo passo que nós vamos dar. Os players entenderam que os desafios regulatórios foram muito bem endereçados pelo trabalho de modelagem que foi feito. A gente deve ver o investidor chegando forte já no primeiro leilão, da Codesa. Tivemos reuniões lá fora muito interessantes, onde se parou para discutir às vezes 2h30, 3 horas, só o modelo de Santos. Não é pra ser diferente, estamos falando do maior ativo portuário da América Latina, que tem tudo para se tornar o maior porto do Hemisfério Sul”.
Além da desestatização, o ministro anunciou que a ferrovia Norte-Sul será concluída, se tornando “a grande coluna vertebral brasileira”, diz. As obras, que tiveram início na década de 1980, durante o período Sarney, deve ligar o Porto de Itaqui (no Centro-Oeste) ao Porto de Santos.
A previsão de investimentos no setor rodoviário é de pelo menos R$ 55,79 bilhões. De acordo com o ministro, quando as concessões das ferrovias forem feitas, o Brasil terá um grande corredor concedido de Porto Velho até o Porto de Santos.
“Será um grande eixo diagonal que vai cortar para o Brasil e isso vai ser fundamental para o agronegócio, tanto aquele que se desloca na direção da hidrovia do Madeira rumo ao Arco Norte como aquele que sai na direção de Santos”, explica.
Pelo Brasil, outros portos devem integrar projetos de concessão, como o Porto de São Sebastião (SP), o Porto de Itajaí (SC) e o Canal de Paranaguá (PR). Ao todo, será feita a concessão de 50 ativos no ano de 2022, totalizando uma previsão de R$ 165,5 bilhões em investimentos em todos os setores de transporte: portos, ferrovias, rodovias e aeroportos. Devem ser feitos 14 projetos de concessão que irão agregar 8.833,4 km de rodovias.No setor rodoviário, serão 8.833,4 km de rodovias organizadas em 14 projetos de concessão, com previsão de investimentos de R$ 81,671 bilhões na área. No total, 18 aeroportos devem passar pela 7ª rodada de concessões, com investimentos de ao menos R$ 13,4 bilhões.
“O Brasil está caminhando para ter a infraestrutura mais privada do mundo” – Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura
O ministro da Infraestrutura cita o Brasil como um exemplo em projetos de concessão para o resto do mundo: “Trabalhamos com uma transferênciamaciça de ativos para a iniciativa privada. Isso envolve – Transferência maciça de ativos para a iniciativa privada; isso envolve estruturar bons projetos, montar uma boa carteira, tentar capturar investidores. Hoje nós temos o maior programa de concessões da nossa história, sem dúvida um dos maiores do mundo. Conseguimos um programa gigante, bem estruturado”.
“O Brasil está caminhando para ter a infraestrutura mais privada do mundo”, diz. Balanço do Ministério da Infraestrutura.
No acumulado de 2019 a 2021, a pasta aponta que foram entregues, no total, 237 obras, sendo 108 em 2021, 92 em 2020 e 37 em 2019. Foram concedidos 79 ativos, 108 Terminais de Uso Privado (TUP), R$ 89 bilhões em investimentos privados e R$ 19,58 bilhões em outorgas. Além disso, 4 mil km de rodovias foram pavimentadas, duplicadas e recuperadas.
Fonte: Santaportal
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