O projeto para a construção do túnel imerso entre Santos e Guarujá entrou, no último dia 16, para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do Ministério da Economia. A previsão é que o edital para a construção do túnel seja lançado no terceiro trimestre de 2022, segundo o Governo Federal. Dessa forma, a ponte projetada pela Ecovias será inviabilizada.
O túnel recebeu o aval do PPI durante a 19ª reunião ordinária do conselho, quando o tema foi levantado pela Santos Port Authority (SPA) – a
Autoridade Portuária de Santos, que defende o projeto do túnel. Dessa forma, o túnel receberá prioridade do Governo Federal para viabilização da obra e resolução de um problema centenário na região.
O leilão para escolha do investidor está programado para o quarto trimestre de 2022. Segundo o governo, entre os objetivos da ligação seca imersa, estão a maior segurança para o tráfego das embarcações e a mobilidade urbana.
Nas redes sociais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, comemorou a notícia, assim como o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni. O próximo passo após a qualificação pelo PPI é que o Governo Federal priorize a conclusão dos estudos técnicos sobre o túnel, defina o modelo de contratação e viabilize o leilão de escolha do investidor.
Os ministros que integram o conselho do PPI foram os responsáveis pela aprovação da qualificação do projeto do túnel. Até o momento, não foi definido se o túnel será construído e operado por uma Parceria Público-Privada (PPP), um contrato de concessão, ou se será
incorporado a desestatização do Porto de Santos.
Custos e benefícios
A Autoridade Portuária estima que o custo do túnel ficará entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões. O trajeto terá 800 metros e terá ainda mais 700 metros que integram as duas alças das duas extremidades de acesso, totalizando 1,5 km, segundo o site da campanha Vou de Túnel.
O diretor de desenvolvimento de negócios e regulação da SPA, Bruno Stupello, reforçou a qualidade do projeto do túnel: “É o melhor projeto de ligação seca que pode existir para atender a região”, garantiu. Segundo o diretor, trata-se de “uma alternativa segura aos barcos de pequeno porte (catraias), que cruzam as duas margens com cerca de 20 mil pessoas diariamente, e as balsas, que passam a maior parte do tempo paradas por terem que dar preferência às embarcações de maior porte que movimentam o Porto de Santos”.
O projeto também usa um trajeto menor para ligar as áreas urbanas centrais das cidades pelo tráfego de carros, caminhões e bicicletas (ciclovia). O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que já transita na zona portuária, seria estendido até Guarujá. Além disso, o projeto do túnel não prejudica o desenvolvimento do Porto, já que deve ser incluído no plano de desestatização, sendo assim, não inviabiliza o aproveitamento de áreas para construção de terminais ou dragagem, ainda segundo o site da campanha Vou de Túnel.
Fonte: Santaportal
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