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Santos Brasilse sobressai em leilão de 5 terminais portuários

Quatro deles estão no Porto do Itaqui (MA), destinados à movimentação de granéis líquidos. Há ainda um terminal de carga geral em
Pelotas (RS)

A Santos Brasil foi a grande vencedora do leilão de terminais portuários desta sexta-feira. O grupo venceu a disputa por três áreas
destinadas à movimentação de combustíveis no Porto de Itaqui (MA). Com isso, fez sua estreia no segmento de granéis líquidos.

Ao todo, a companhia terá que fazer investimentos de R$ 417,1 milhões nos terminais arrematados hoje. O pagamento inicial de outorgas
será de R$ 157,3 milhões.

A empresa comemorou o resultado e já indicou que o interesse em novos ativos não se esgotou. “Estamos preparados para os próximos”,
disse Daniel Dorea, diretor financeiro do grupo, em seu discurso na batida de martelo.

A Santos Brasil já vinha anunciando sua intenção de entrar no segmento de combustíveis. Os novos investimentos fazem parte do plano
de diversificação do grupo, cuja operação ainda é bastante focada na movimentação de contêineres, no Porto de Santos (SP). Com o
objetivo de ampliar sua área de atuação, a companhia fez, em setembro de 2020, uma oferta subsequente de ações, na qual levantou R$
790 milhões.

Além da empresa, a Tequimar, da Ultracargo, venceu o quarto terminal em Itaqui, após uma disputa em viva-voz com o a Santos Brasil.
Ao fim, a companhia levou o ativo com um lance de R$ 59 milhões.

O presidente da Ultracargo, Décio Amaral, celebrou o novo contrato. “Hoje é mais um dia de consolidação do crescimento da empresa em
um porto super relevante, gerando crescimento ao nosso agronegócio”, afirmou. Ele também felicitou a entrada da Santos Brasil no setor e
disse que o grupo ajudará a “elevar o sarrafo” dos serviços.

O último terminal ofertado no dia, no Porto de Pelotas (RS), ficou com a CMPC Celulose Riograndense, com um lance de R$ 10 mil.
A Santos Brasil ficou com três ativos. O primeiro deles foi o terminal de granéis líquidos IQI 03, com um lance de R$ 61,3 milhões, que
representou um ágio de 44,24% em relação ao preço mínimo definido em edital.

Além do grupo, participou da disputa a Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais (Aegeo), que deu lance de 50 milhões, um
ágio de 17,65%. A companhia teve oportunidade de aumentar sua oferta em disputa por viva-voz, mas não deu lances adicionais. O novo
contrato terá duração de 25 anos e demandará investimentos de R$ 106,5 milhões.

No local, já existe uma operação da Ipiranga, mas o lote que será ofertado inclui também uma área adicional que terá que ser construída.
O segundo foi o terminal de granéis líquidos IQI 11. O grupo foi o único interessado no ativo e ofereceu um lance de R$ 56 milhões, um
ágio de 15,04% em relação ao preço mínimo definido em edital.

O terminal tem área de 33.607 m² e é atualmente operado pela Petróleo Sabbá (Raízen), por meio de um contrato de transição. O novo
arrendamento, de 20 anos, prevê de R$ 133,3 milhões de investimentos.

O terceiro ativo arrematado foi o terminal IQI 12, com um lance de R$ 40 milhões. A área também foi disputada com a Tequimar, que
chegou a fazer a maior oferta inicial, de R$ 37,54 milhões – porém, sua proposta foi superada pela Santos Brasil na etapa de viva-voz.
O novo terminal, que ainda será construído, terá uma área de 38.683 m², que demandará investimentos de R$ 177,3 milhões, ao longo de
20 anos de contrato.

 

Fonte: Valor Econômico

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