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Norueguesa ganha aval para explorar Bacia de Santos

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou as declarações de comercialidade nos campos de Carcará e Norte de Carcará, da norueguesa Equinor, que ficam na Bacia de Santos, em alto-mar, na altura do sul do Litoral Paulista. Devido à localização, a exploração dessa região deve atrair investimentos e royalties para o Estado.

Agora, elas passam se chamar, respectivamente, campos de Bacalhau e Bacalhau Norte. Este último está em fase de desenvolvimento – sua infraestrutura já foi aprovada e agora a Equinor pode perfurar poços produtores e instalar plataformas de petróleo e construir gasodutos e oleodutos para escoar a produção.

A expectativa é que a reserva de 2 bilhões de barris entre em produção efetiva em 2023. Descoberto em 2012 e adquirido pela Equinor em 2016, Bacalhau, segundo a empresa, tem um reservatório de petróleo de excelente qualidade e gás associado, tornando-se “uma das maiores descobertas de petróleo da última década no Brasil”.

Há capacidade de produção de 220 mil barris/dia na nova unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) – tipo de navio utilizado pela indústria petrolífera para a exploração, armazenamento petróleo e/ou gás natural e escoamento da produção. O campo foi adquirido em parceria com a ExxonMobil (americana) e Petrogal (Portugal).

Esse é um passo importante que pode alavancar os investimentos na Bacia de Santos e uma nova chance da região faturar com o pré-sal no futuro, já que o Governo do Estado age para que estrangeiras retomem investimentos em petróleo e gás no Litoral Paulista.

Além da Equinor, atuam em campos próximos a Karoon (australiana), BP (britânica) e Total (francesa), a americana Axel voltou a investir no Brasil, segundo o setor de petróleo, gás e biocombustíveis da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. E há ambiente para potencializar o investimento na região.

Em produção

O campo de Lapa, dos franceses, também está em fase de produção, assim como o de Baúna, da Karoon, que foi comprado e está em processo de cessão da Petrobras à
australiana. Ambas já possuem infraestrutura instalada e já podem começar a abastecer o mercado.

A Total já perfurou três dos seis poços em Lapa. Juntos, a capacidade de captação de gás total (gás natural) é de 1 bilhão de m3/dia, segundo a ANP. O bloco S-M-1500, da britânica BP, está em fase de exploração; Neon e Goiá, da Karoon, estão em desenvolvimento, assim como Bacalhau.

Australiana Karoon espera autorização da ANP

A petrolífera australiana Karoon aguarda a aprovação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) para a cessão do contrato do bloco BM-40, no campo de Baúna.
Também falta o aval para o plano de desenvolvimento de Neon e Goiá, segundo a empresa. Atualmente, a maior parte da equipe da Karoon atua no Rio de Janeiro e outra em Itajaí (SC).
Possivelmente haverá novas oportunidades de contratação a partir da aprovação da ANP para os planos de desenvolvimento dos campos de Neon e Goiá, mas esses empregos não devem chegar até a Baixada Santista, segundo a empresa.

A Karoon e a Petrobras concordaram com os seguintes termos: um compromisso de US $ 380 milhões, que inclui o depósito já realizado de US$ 49,9 milhões, pagos no contrato do acordo de compra e venda, US$ 150 milhões a serem pagos na data de fechamento da transação e US$ 180 milhões descontados os ajustes de fechamento referentes às vendas de petróleo a partir de 01/01/2019 (data do contrato). O valor atualizado deverá ser pago em 18 meses após a data de fechamento da transação.

Um outro pagamento contingente de US$ 285 milhões será pago até 2026 caso os preços do barril de petróleo alcançarem de US$ 50 a US$ 70 entre os anos de 2022 a 2026.

A produção atual do campo de Baúna é de 16 mil barris por dia. A petrolífera australiana tem como meta produção diária de 25 mil a 30 mil barris/dia em 2022.

Guarujá

Uma área de 668 mil m² no Complexo Industrial Naval de Guarujá (Cing) foi posta à disposição de empresas de petróleo e gás pela Prefeitura, com expectativa de gerar até 3 mil empregos
indiretos, conforme A Tribuna publicou na sexta-feira. Um protocolo assinado com o Estado tende a facilitar e agilizar o processo, inclusive perante a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb). A ideia é que os laços com a iniciativa privada sejam estreitados.

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