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Ministério da Infraestrutura e a ordem dos portos do Brasil

A competitividade internacional dos portos brasileiros é um processo de expansão da capacidade, em que são necessários novos investimentos em infraestrutura e modernização das instalações portuárias

Indubitavelmente, o caos está instalado. Uma crise mundial, que nem guerra virológica, provoca defrontações políticas em série na economia, no social e na saúde. Na travessia desse abismo, fortemente conectada à Internet, emergem novas culturas e formas inovadoras de fazer. Tampouco o Brasil vai parar por se isolar socialmente, o tempo necessário. É o caminho inevitável. Realizar de forma diferente, aplicando novas tecnologias, com visões fundamentadas na natureza, nos limites e interesses humanos. Avulta, nesta nova realidade, o papel dos portos.

O debate sobre a reforma dos portos, que o Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), Diogo Piloni, cancelou na Ordem dos Advogados do Brasil, São Paulo (OAB/SP), para evitar o ajuntamento social e eventual transmissão de coronavírus, convém ser efetuado a distância, online, no WebSummit Nova Abertura dos Portos, no Portogente. Dar clareza, para que todos entendam o posicionamento ambíguo do Ministério da Infraestrutura expressado neste websummit, sobre o modelo de gestão landlord port.

Vivemos um momento de enfrentar o entendimento do Mundo. É na Internet que acontecerão, com transparência, os debates das decisões de interesse coletivo, na conquista de consenso sobre a modernização urgente dos portos do Brasil. Ou de não aceitar, sem compreender, o significado dessa reforma enquanto “decisão de estatizar como um movimento de estratégia política”, na declaração do ex-diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios e Regulações, da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Danilo Veras.

Dá-se como favas contadas um processo de desestatização frágil, que melhor se traduz pelas palavras do competente engenheiro e renomado consultor portuário, Frederico Bussinger: “O que nós sabemos de concreto desse tema [desestatização] até agora?” Ao se pretender níveis de portos no patamar dos portos asiáticos, como se comprometeu o candidato Jair Messias Bolsonaro, com certeza, será preciso muito mais do que a simplista “decisão de estatizar como um movimento de estratégia política”.

Ao que parece, a SNPTA está tratando da reforma dos portos sem ainda ter entendido, de fato, o que precisa ser tratado. Os portos organizados brasileiros são ineficientes, pouco competitivos e precisam ter suas gestões descentralizadas e alinhadas com o seu negócio. Corremos o risco de assistir ao fracasso de uma ação sem pensamento, como uma decisão sem adesão.

Fonte: Portogente.

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