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Mais eficientes, ferrovias devem se tornar um vetor de desenvolvimento

O setor ferroviário passou por uma verdadeira reestruturação no seu modelo de negócio nos últimos cinco anos. O modal recuperou a sua importância impulsionado por investimentos bilionários em segurança, infraestrutura, novas tecnologias e renovação da frota de locomotivas e vagões para escoar a produção agrícola e industrial brasileira. Há um avanço na cadeia logística, mas ainda existem muitos desafios para que a retomada da importância estratégica dos trilhos seja ainda mais eficiente, competitiva e sustentável.

Nesse cenário, a Rumo, como a maior operadora de ferrovias do Brasil, assume um papel de protagonismo com um planejamento robusto de metas que envolvem a gestão de aspectos ambientais, sociais e de governança. As diretrizes estão disponíveis para consulta no Relatório de Sustentabilidade da Companhia, lançado nesta terça-feira, 13.

O documento traz novidades, entre elas os compromissos para contribuir e estimular o desenvolvimento sustentável de fornecedores e clientes, além de ações para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o compromisso de garantir a rastreabilidade de 100% das cargas transportadas até 2025. Outro destaque são os resultados da implementação de iniciativas que integram o quadro de compromissos sustentáveis correlacionado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), assumidos publicamente em 2020.

Entre essas ações que se espelham com os objetivos da ONU, a Rumo foca na segurança de seu time nos processos e operações, valoriza a diversidade nos processos seletivos, preza pela sustentabilidade com as comunidades localizadas no entorno da ferrovia, bem como pela ética e a transparência nos negócios — que devem sempre estar alinhados aos aspectos sociais e ambientais que tanto respeitamos —, além de uma postura proativa de sempre estarmos em fóruns e fomentando iniciativas ligadas à sustentabilidade e inovação.

Em nosso relatório, é possível mapear que o planejamento já se tornou ações. Os compromissos relativos à eficiência energética, redução de emissões e o financiamento de projetos atrelados a critérios de sustentabilidade já surtiram resultados positivos. Em 2020, nos tornamos a primeira ferrovia de carga da América Latina a emitir títulos Green Bonds. A demanda pelos “títulos verdes” foi quase cinco vezes maior que a oferta e 25% da emissão foi alocada a fundos de investimento com foco em financiamentos sustentáveis.

Outra captação inédita foi feita em maio deste ano, posicionando a Rumo como a primeira empresa brasileira a fazer uma Sustainability-Linked Debenture (SLD) por meio da Lei 12.431/2011, que regulamenta o mercado de debêntures incentivadas e amplia as alternativas de financiamento em recursos de longo prazo.

Com uma captação de R$ 1,5 bilhão, a concessionária estabeleceu como meta reduzir em 15% as emissões de gases de efeito estufa por tonelada de quilômetro útil (TKU) nas suas operações até 2023. Atualmente, cerca de 30% do endividamento total da empresa está lastreado em projetos sustentáveis — e projetamos que esse percentual tende a aumentar mais nos próximos anos.

A transformação do setor passa também pelo estímulo à cultura corporativa focada em agendas de enfrentamento às mudanças climáticas. A Rumo fez o primeiro reporte público ao Programa Brasileiro GHG Protocol, conquistando o Selo Ouro, conferido a empresas com inventários completos de emissões GEE. Também avançamos no ranking de gestão climática da Carbon Disclosure Project (CDP), evoluindo do nível D+ para B-, uma mudança que reflete a adoção de boas práticas que contribuam para uma economia de baixo carbono.

Responsável por administrar 13,6 mil quilômetros de ferrovias que abrangem as regiões sul, sudeste, centro-oeste e norte, o aspecto social e o olhar para as comunidades são um elo prioritário dos nossos compromissos que buscam o desenvolvimento sustentável do Brasil, começando pelas localidades no entorno das operações.

Em um ano marcado por desafios impostos pela covid-19, desenvolvemos ações conjuntas com municípios para atender às principais necessidades das comunidades, em que foram mapeadas regiões prioritárias, e concentramos nossos esforços no combate contra a pandemia. As iniciativas proporcionaram o recebimento do Selo SESI ODS 2020 em reconhecimento às boas práticas promovidas pela empresa durante a pandemia.

A operação ferroviária manteve-se em pleno funcionamento durante a pandemia, com todas as medidas e protocolos para lidar com a crise e garantir a segurança dos colaboradores em campo.

Ainda houver conquistas históricas e evolução no portfólio, que envolveu a ampliação da capacidade do terminal em Rondonópolis, a assinatura da renovação antecipada da concessão da Malha Paulista até 2058 e a conclusão dos investimentos para tornar a Malha Central operacional em 2021 — quando, pela primeira vez, foram conectados por ferrovia os estados de Goiás e Tocantins ao Porto de Santos, em São Paulo.

No âmbito da governança corporativa, a empresa teve em 2020, pela primeira vez, a presença de três executivas no Conselho de Administração. Como signatários dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres, encaminhando a companhia para a referência em diversidade e inclusão no setor porto-ferroviário muito em breve. Somente em 2020, tivemos uma evolução de 16% no número de mulheres contratadas, movimento alavancado especialmente com a contratação de manobradoras e maquinistas mulheres em nossas operações.

E, também, a criação do DNA Rumo em 2020, o que permitiu nossa adesão ao Pacto Global da ONU e a estruturação de nossas quatro diretrizes: Resolvendo com eficiência; Unidos pela segurança; Mirando longe e Orientados pelo cliente. Com esses direcionadores, buscamos consolidar nossos projetos futuros e seguir contribuindo para o desenvolvimento sustentável do setor ferroviário brasileiro.

 

Fonte: Exame

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