O Brasil caminha para ser um dos líderes mundiais da produção de petróleo nos próximos 10 anos, disse terça-feira (30) o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Felipe Kury, durante seminário técnico da 16ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás e da 6ª Rodada de Partilha da Produção do Pré-Sal, no Rio de Janeiro. Além desses, a ANP espera realizar ainda este ano mais dois leilões: de cessão onerosa e de oferta permanente.
O desafio “é ter essa pluralidade de atores e vários ambientes”, afirmou Kury. Para ele, este é “um momento incrível” para o Brasil se tornar líder no setor. Ele acrescentou que essa possibilidade é concreta e real em função da atividade produtiva, que está avançando.
Kury disse que o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) levantando a possibilidade de conflito devido ao fato de os leilões serem muito próximos não vai alterar o cronograma estabelecido pela ANP, nem a recomendação desta para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no sentido de manter as datas programadas.
“O TCU está fazendo o trabalho que tem que fazer. Em todas as rodadas, a gente troca muita informação. E é um trabalho que dá robustez ao processo”. Do lado da ANP, disse que está sendo seguida a orientação recebida do CNPE.
Além disso, a múltipla oferta de leilões pode viabilizar a participação de uma empresa em um pregão, que não teve condição de dar oferta em outro, ressaltou. “São múltiplas escolhas”.
Kury destacou que foi uma jornada muito intensa a dos últimos dois anos para retomar os leilões. Foram vendidos 72 blocos com arrecadação de R$ 28 bilhões em bônus de assinatura. “É uma demonstração significativa da retomada do processo exploratório de petróleo no Brasil.”
Fonte: Agência Brasil
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